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Mural

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Livro - A criação da juventude

A juventude de hoje, segundo pesquisas recentes, está se transformando na geração “nem-nem”. Cada vez mais vulneráveis à devastação do mundo do trabalho, os jovens reduzem compromissos, flexibilizam desejos e rejeitam simultaneamente o estudo e o trabalho. Se este diagnóstico está correto, a juventude – esta condição transitória da vida – estaria deixando de ser o elo histórico entre o passado e o futuro das sociedades? Ou, ainda, estaríamos presos a uma essência da “condição juvenil” como portadora de utopias e projetos de transformação social? 
A resposta é difícil, porque exige não apenas abandonar aquele olhar nostálgico, que faz tudo datar da rebeldia dos anos 1960, e mergulhar na complexidade da história. A juventude não é uma essência, mas uma invenção cultural; a juventude não é, ela se faz.
Resultado de quase uma década de pesquisas, A Criação da Juventude, de Jon Savage (Rocco, 560 págs., R$ 84), é um livro importante, quase obrigatório para obter as respostas, porque não é apenas a história da criação da juventude enquanto território ou segmento provisoriamente segregado da sociedade, mas uma narrativa detalhada das projeções, anseios e imaginários forjados pelos jovens no perío-do inaugural do século XX. O leitor poderá deliciar-se ou comover-se com histórias inimagináveis e bem documentadas, mas também perder-se um pouco com os deslocamentos constantes de Savage, entre as realidades juvenis dos Estados Unidos (o foco irradiador) e os cenários ambíguos da Grã-Bretanha, da França e da Alemanha. O livro convence mais pela riqueza dos detalhes do que pelo argumento simplista de que a rebeldia e o comportamento teenager foram banalizados pelo marketing e pelo consumo de massa.
A narrativa começa com as histórias de Marie Bashkirtseff (1875) e Jesse Pomeroy (1887), dois adolescentes em plena belle époque. Romanticamente inspirados em Jean-Jacques Rousseau e J. W. Goethe, foram testemunhos precursores daquele novo estado intermediário, ainda não batizado, entre a infância e a idade adulta. E já anteciparam os dois polos dramáticos pelos quais os jovens oscilaram durante toda a história ocidental. Por um lado, tidos como gênios criadores, símbolos de esperança e futuro. De outro lado, vistos como um grupo instável e perigoso e, no limite, imenso berçário de monstros, gângsteres e destruidores de mundos. De qualquer maneira, os teen-agers não nasceram apenas de um espírito ianque hedonista e autoconfiante, mas de um contrato faustiano das multidões com a cultura do século XX. Neste contrato, é quase impossível distinguir o que foi mais decisivo, se a realidade ou os mitos, uma vez que estes últimos adquirem facilmente toda a força da realidade.
Na era da alfabetização em massa, Savage mostra como o produto ideal da escola pública foi o “cristão musculoso”, que combinava autodisciplina, bravura física e rigor religioso num novo tipo de masculinidade moral. Esse evangelismo, refinado por organizações recrutadoras como a Associação Cristã de Moços (1884), Exército de Salvação (1878), Boy’s Brigade (1883) ou o escotismo do coronel Baden-Powell (1907), acabaria, afinal, por carrear água para a maré do nacionalismo agressivo e do militarismo da Grande Guerra. 
Essa tendência disciplinadora, contudo, engendrou também o seu próprio veneno, como atesta, na mesma época, o aparecimento dos hooligans, designação criada pela imprensa londrina para nomear fortes distúrbios de rua em 1898, ou das gangues de “apaches”, que surgiram de grupos de jovens seminômades que viviam nos distritos insalubres de Paris. Também foi a primeira, mas não a última vez, que a mídia da época associou explicitamente maneiras de se vestir e de se comportar com a transgressão e a delinquência. Nem seria a primeira vez que a mídia metabolizava e ampliava as atividades de pequenos segmentos da juventude, forjando um clima generalizado de medo social.
“O inconsciente é a verdadeira realidade psíquica”, escreveu Sigmund Freud em 1900. Poucos meses depois, saiu O Mágico de Oz, de L. Frank Baum (que virou best seller infantil do Natal daquele ano), e, quatro anos depois, Peter Pan, de J. M. Barrie. Não foi apenas uma coincidência de datas. Nas duas fábulas, cheias de aventuras excitantes, dificuldades inesperadas e fugas maravilhosas – mas também de trapaças, mutilações e medos difusos –, os sonhos não eram apenas fantasias aleatórias, mas pistas psíquicas daquilo que foi reprimido e recalcado pela sociedade moderna. Longe da inocência psicológica do século XIX, as duas fábulas eram discursos freudianos “adaptados aos jovens”. Para Savage, revelaram-se ainda documentos fundadores para a definição da juventude moderna.
Pode-se acompanhar não só as sucessivas adaptações teatrais e cinematográficas das duas fábulas, que arrastaram multidões em 1933 e 1939, mas também a história real, menos fabulosa, do objeto de inspiração de Barrie: Peter Llewelyn Davies, um órfão precoce que assistiu a sua geração inteira morrer na guerra. Depois, virou editor e deixou apenas um manuscrito melancólico, intitulado Morgue, um relato cheio de mortes prematuras, obsessões psíquicas e no qual dizia que “sua alma fora roubada”.
Velhos ideais juvenis de abnegação e transcendência foram substituídos por imprudentes desejos de autorrealização e gratificação imediatas. A sociedade de massas projetava novos desejos, mas também abria caminho para manifestação de imagens reprimidas, acabando por criar seus próprios monstros.
“Morrer será uma incrível aventura”, dizia o Peter Pan da fábula. No ano de 1933, a incrível aventura foi trilhada. Três milhões de jovens alemães ingressaram na Juventude Hitlerista. Claro que havia um forte sistema de coerção criado pelos nazistas, mas o convencimento por meio da mística vingativa da ação e do pertencimento mostrou-se muito mais persuasivo.
Num capítulo particularmente brilhante, Savage documenta o resultado mais trágico do proselitismo pugilista da Juventude Hitlerista: a morte de 10 mil jovens recrutas alemães (entre 16 e 18 anos) nas batalhas de Caen, em 1944. Mas já oferece ao leitor o contraponto, noutro capítulo precioso: a reconstituição da participação jovem em associações como Rosa Branca e outros núcleos de resistência à Europa nazista. De qualquer forma, seria difícil eliminar o imenso déficit geracional: “Somos a geração sem vínculos e sem profundidade. Nossa profundidade é o abismo. Somos a geração sem felicidade, sem lar, sem adeus. Nosso sol é estreito, nosso amor, cruel, e nossa juventude, sem juventude”, testemunhou um jovem alemão em 1945.
Ao instituírem a crença de que os deuses favoreciam quem morresse jovem, as guerras apenas modernizaram um certo romantismo juvenil. Ídolos do cinema ou da indústria do disco se prestavam a isso, galvanizando imagens de Peter Pan ou de Oz. Savage reconstitui com precisão muitos desses eventos definidores, alguns de uma inusitada atualidade. O funeral de Rodolfo Valentino, em agosto de 1926, ficou longe de um “showneral”, mas já mostrou o quanto a multidão juvenil enlouquecida juntava Eros com Tanatos: “Vinte mil adolescentes vestidos como jovens sheiks ou shebas e com os cabelos gomalinados, num tumulto de proporções inéditas e irrefreáveis”, na descrição de um repórter da época. Como qualquer outro produto industrial, ídolos também estavam sujeitos à lei da obsolescência planejada. No entanto, suas presenças luminosas ajudavam a reiterar ou inspirar novos arquétipos juvenis. De alguma forma, eles tentavam transformar o sistema à sua imagem e, ao fazer isso, forneciam alguma dose de esperança aos jovens.
“Adolf Hitler é um quadrado e tem o ouvido ruim. É excêntrico e um pouco amalucado. Ele pode chorar lágrimas de crocodilo, mas não dança swing.” Assim a revista Jitterburg, de 1938, definiu Adolf Hitler para os jovens americanos. A febre do swing, com os shows de Benny Goodman e sua orquestra atraindo plateias de milhares de jovens em março de 1937, marcaram os momentos nos quais o comportamento quase animalesco das multidões começou a ser ritualizado.
O swing fundia a inebriante espontaneidade do clássico estilo hot dos anos 1920 com a força dramática de uma grande orquestra. Mas, para os jovens, foi sobretudo uma música física, animada, extasiante, da qual se podia participar de forma quase espasmódica. O swing também introduziu todo um mundo adolescente, com a sua própria gíria, revistas, modas e heróis. Para Savage, o swing anunciava a maioridade dos teens, porque mostrou que havia todo um mundo juvenil, com força social suficiente para garantir seu próprio nome enquanto marca.
O desfecho veio com o início da temporada de Frank Sinatra no Paramount Theatre, em outubro de 1944. Às 4 da manhã filas já se formavam, com 3 mil garotas de meias soquete, gravatas borboleta e fotos do ídolo espetadas nos vestidos. Horas depois, 30 mil jovens frenéticas tomavam conta de Times Square. No mesmo ano foi lançada uma revista que juntava identidade nacional, cultura de pares e marketing juvenil num pacote irresistível: Seventeen. Tiragem inicial da revista: 700 mil exemplares.
Mas a sombra faustiana ainda se fazia visível em 1945, ano que marcou, simultaneamente, a cunhagem da palavra teenager e a explosão das bombas atômicas, que mudaram radicalmente a própria noção de futuro. As utopias políticas tiveram aí uma resolução trágica, pois impediram a juventude de assumir sua natural vocação de catalisadora das mudanças sociais. A narrativa de Savage termina em 1945, mas não a história da juventude, que exigiria, no mínimo, um segundo e alentado volume. Até mesmo porque os fantasmas da atual geração, apelidada de “nem-nem”, são outros. Se a juventude foi historicamente inventada, ela pode muito bem reinventar-se. E trilhar novos e insuspeitos caminhos de invenção política e social. 
Publicado originalmente em Carta Capital

Festival expõe questões da juventude a partir de filmes e vídeos

Encerram dia 30 de julho as inscrições para o 5º Festival de Jovens Realizadores de Audiovisual do Mercosul, que acontecerá de 22 a 26 de setembro, na Universidade Federal do Espírito Santo, em Vitória. Poderão participar jovens de até 24 anos, integrantes de projetos sociais de organizações da sociedade civil. “Este ano esperamos reunir cerca de 100 produções e seus representantes na mostra e atrair uma platéia de mais de dois mil alunos da rede pública de ensino”, afirma Beatriz Lindenberg, coordenadora do Instituto Marlin Azul

Durante o Festival acontecerão sessões, mesas-redondas, debates, palestras e oficinas audiovisuais dirigidas ao público jovem. “Com isso esperamos iniciar novos jovens na linguagem e proporcionar a continuidade da formação para os que já deram o pontapé inicial”, revela Beatriz. Dentre os temas estão: o acesso dos jovens às novas tecnologias; o audiovisual como ferramenta de educação; mídia e cultural jovem; empreendedorismo e cidadania; e televisão de qualidade para infância e juventude.

Todo os países do Mercosul podem participar. Mas a maior representação até agora tem sido do Brasil, seguido da Argentina e do Uruguai. A mostra é competitiva e quatro produções receberão o Troféu Caleidoscópio. O vencedor do júri popular, além do troféu, leva pra casa um prêmio de R$ 1.500,00.

O Festival, que surgiu da necessidade de estimular o intercâmbio entre jovens realizadores do Mercosul e suas instituições e para dar visibilidade a suas ações, é uma realização do Instituto Galpão, de Vitória, Espírito Santo, e da Aldeia (Agência de Desenvolvimento, Educomunicação, Infoinclusão e Audiovisual), de Fortaleza, Ceará, em parceria com o Instituto Marlin Azul. A iniciativa acontece anualmente desde 2004, e tem sua sede alternada entre as cidades das instituições organizadoras.

De acordo com a organização o número de trabalhos inscritos está crescendo. Durante a primeira edição, em 2004, foram exibidos 32 trabalhos, já no ano passado, a quarta edição apresentou 65 produções.

Tainara Ferreira, de 22 anos, do Projeto Geração Futura, conta que participou do festival em 2007. Ela foi uma das(os) jovens que realizou o filme: O que é belo para quem não vê? “Todo o encontro foi muito bem organizado. Foi uma experiência muito bacana. Este ano, pretendo me inscrever novamente”, afirma.

Marialina Antolini, do Instituto Marlin Azul, diz que o evento vem se consolidado como um espaço dinâmico e diversificado de troca de experiências, reflexão e interação de projetos que ligam o cinema à educação e à cidadania. Ele também reflete o panorama da produção audiovisual jovem sul-americana e revela a identidade cultural de cada região, promovendo o fortalecimento do trabalho em rede a partir do intercâmbio entre os participantes. “Cada edição se transforma em um grande encontro marcado pela diversidade cultural e a liberdade de expressão, possibilitando aos jovens a construção de novos olhares sobre o mundo e as pessoas”, conclui.

Para Tainara “ações como essa são muito importantes. O que gosto muito no projeto é que ele não limita porque não estabelece tema. Então, existe uma grande variedade, inclusive pela participação dos jovens de outros países do Mercosul”.

Segundo Beatriz, “a expectativa é colocar em debate os diversos pontos de vista dos(as) jovens do Mercosul sobre as questões que lhes sensibilizam, promovendo um intercâmbio de ideias, e apresentar através dos filmes e vídeos um painel temático e estético da produção dos(as) jovens, dando visibilidade a essa produção que ainda tem pouco espaço para difusão”.

Serão aceitos trabalhos em qualquer formato, finalizados em 2007, 2008 ou 2009. A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo site http://www.festivaljovensrealizadores.org/
 

Caminhos Convergentes:Estado e Sociedade Superação das Desigualdades Raciais no Brasil

“Caminhos Convergentes – Estado e Sociedade na Superação das Desigualdades Raciais no Brasil”. Este é o título da publicação elaborada em conjunto pela Fundação Heinrich Böll e ActionAid e que será lançada no próximo dia 23 de junho, no Rio de Janeiro. O cenário político é propício para a discussão do tema: entre os dias 25 e 28 acontece em Brasília a 2° Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, e o TJ-RJ no momento examina uma ação sobre a suspensão do sistema de cotas raciais e sociais nas universidades do estado do Rio de Janeiro

Desde a Conferência de Durban - Conferência Mundial sobre o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas_ convocada pela ONU e realizada em Durban, em 2001, na qual o Brasil teve papel ativo, o governo brasileiro se comprometeu com políticas públicas para a promoção dos direitos dos afrodescendentes e da igualdade racial. Oito anos se passaram e, sem dúvida, o tema que mais tem gerado debate público é a chamada “política de cotas”, que trata do acesso de estudantes negros ao ensino superior. Os avanços vão além da questão do ensino superior, isso é inegável, mas o cenário ainda é preocupante, com dados sobre desigualdades raciais que demonstram a fragilidade da democracia brasileira.

Para ampliar este debate, foram convidados dez autores que tinham a tarefa de elaborar um balanço das ações desenvolvidas no âmbito das políticas públicas de promoção da igualdade racial em diversas áreas, tais como educação, políticas para comunidades quilombolas e para mulheres negras, entre outras. Além dos desafios e perspectivas para os movimentos sociais antirracistas. O resultado é esta publicação, que está dividida em duas partes: a primeira faz uma análise crítica sobre as principais políticas de promoção da igualdade racial do governo brasileiro a partir de 2001. O artigo de Valter Silvério avalia historicamente as políticas de redução da pobreza e da desigualdade no Brasil e reflete sobre em que medida as desigualdades raciais são contempladas na formulação destas políticas. Nilma Lino Gomes discute a lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história da África e das culturas afrobrasileiras nas escolas, uma política de valorização da identidade e da cultura negra no ensino básico. Rosana Heringer e Renato Ferreira abordam os principais avanços e dificuldades dos programas de inserção de estudantes negros no ensino superior, além de trazerem dados atualizados sobre o tema. José Maurício Arruti analisa as políticas voltadas para as comunidades quilombolas, em especial aquelas ligadas à titulação de terras, educação e saúde. Jurema Werneck analisa as políticas para as mulheres negras, a partir de indicadores no campo da saúde, educação, direitos reprodutivos e trabalho.

A segunda parte do livro trata dos desafios político-estratégicos para os movimentos sociais brasileiros para avançar na redução das desigualdades raciais. Francine Saillant fala do processo preparatório da Conferência, em especial da contribuição dos grupos de mulheres negras. Átila Roque analisa os desafios da agenda antirracista apresentados às ONGs brasileiras que historicamente não trabalhavam com a temática das relações raciais. A emergência nas favelas cariocas de grupos de jovens ligados a iniciativas culturais e artísticas, com discurso de enfrentamento da violência e de orgulho racial, são objeto do artigo de Silvia Ramos. Por fim, o movimento negro, as mudanças ocorridas nas últimas décadas, a institucionalização e sua participação no Estado fazem parte das reflexões do artigo de Marcio André dos Santos.

“Caminhos Convergentes” busca, em parte, combater o argumento de que qualquer política pública em benefício dos que sofrem discriminação racial é perigosa e corresponde a uma forma de “racismo às avessas”.
 
Lançamento da publicação: 

O lançamento da publicação  “Caminhos convergentes – Estado e Sociedade na Superação das Desigualdades Raciais do Brasil” será acompanhado por duas mesas de debate com os autores dos textos, com a seguinte programação:

Dia: 23 de junho
Horário: das 9h30 às 18h30

Local: Espaço Alma
Rua Santa Luzia, 760 - Centro
Rio de Janeiro - RJ

Tel: (21) 21 2533-1878

9h30 - Mesa 1: Balanço das principais políticas de promoção da igualdade racial

Valter Silvério - Professor Associado do Departamento e Programa de Sociologia da Universidade Federal de São Carlos/UFSCar

José Mauricio Arruti -  Professor do Departamento de Educação da PUC–Rio, pesquisador do CEBRAP e editor do Observatório Quilombola/Koinonia

Renato Ferreira - Advogado, pós-graduado pela Fundação Getúlio Vargas, especialista em Direito e Relações Raciais, pesquisador do Laboratório de Políticas Públicas de UERJ onde coordena o Programa Políticas da Cor na Educação Brasileira.

Coordenação: Rosana Heringer - Doutora em Sociologia (IUPERJ), Diretora Executiva da ActionAid Brasil; ex-diretora do Centro de Estudos Afrobrasileiros da Universidade Candido Mendes (CEAB/UCAM).

13h – Almoço

14h30 – Mesa 2: Reflexão sobre atores coletivos na promoção da igualdade racial

Atila Roque - Historiador, Membro do Colegiado de Gestão do INESC (Instituto de Estudos Socioeconômicos)

Francine Saillant - Departamento de Antropologia, CÉLAT, Université Laval.

Silvia Ramos - Cientista social e coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes.
 
Coordenação: Marilene de Paula (Fundação Heinrich Boll)

18h30 – Coquetel de lançamento

Informações para imprensa:
Glauce Arzua - ActionAid
Tel: (21) 2189 4626 | Cel: (21) 9998 2066

Sobre a ActionAid

A ActionAid é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos e sem filiação partidária ou religiosa, que trabalha em mais de 50 países para vencer a pobreza há 37 anos. Fundada na Inglaterra nos anos 70, tornou-se uma organização internacional nos anos 2000 com sede na África do Sul.  Nosso trabalho é desenvolvido em parceria com grupos e organizações locais de comunidades pobres para construir alternativas de superação das dificuldades e garantir o acesso destas populações aos direitos básicos como alimentação, saúde, moradia, educação, igualdade entre homens e mulheres, raças e etnias. No Brasil há 10 anos, nosso foco está na promoção do direito à alimentação, direito à educação, direitos das mulheres e afro-descendentes e direito à participação democrática. Por meio de redes e campanhas levamos ao conhecimento de governos e instituições internacionais as causas da vulnerabilidade desses grupos, influenciando a maneira como estas instituições se posicionam em relação às conseqüências de suas decisões, no plano local, nacional e internacional. Conheça mais sobre o trabalho da ActionAid acessando a página www.actionaid.org.br 

Sobre a Fundação Heinrich Böll

A Fundação Heinrich Böll é uma organização política sem fins lucrativos, ligada à coalizão partidária alemã Aliança 90/Os Verdes. Seu objetivo primordial é promover o conceito de cidadania e os valores democráticos por meio do debate crítico das questões sociopolíticas, econômicas e culturais relevantes de nosso tempo. Mantém parcerias em 55 países com indivíduos, grupos e movimentos da sociedade civil envolvidos na preservação do meio ambiente, na luta pelos direitos humanos e no fortalecimento do protagonismo social e político das mulheres. A Fundação Heinrich Böll atua no Brasil desde 1990. Em 2000, inaugurou o escritório próprio no Rio deJaneiro para estreitar a cooperação e intensificar o intercâmbio entre pessoas e instituições no Brasil e na Alemanha.
www.boell.org.br

Sabrina Petry – Fundação Heinrich Böll
Tel.: (21) 3221 9900

CLIQUE AQUI E VEJA O CONVITE

Diálogos com as juventudes sul-americanas

Na próxima sexta-feira (19) o IBASE e o Instituto Polis lançarão o livro: Sociedades Sul- Americanas: o que dizem jovens e adultos sobre as juventudes. Além do livro, será  apresentado também o resultado da pesquisa Juventude Sul-Americana: diálogos para a construção da democracia regional. A troca de experiências será um ponto alto do evento que contará com a participação de jovens da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai

O resultado da parceria entre o IBASE e o Instituto Polis poderá ser conferido na próxima sexta-feira (19) à partir das 9 horas,  no Clube de Engenharia, centro do Rio de Janeiro, na Avenida Rio Branco, 124/25° andar.

Veja aqui o convite

Violência nas escolas

"Violência nas escolas" foi o tema do UFF Debate Brasil, que ocorreu na última segunda-feira (18 maio) no Teatro da UFF. O encontro discutiu o aumento do índice de violência nos últimos tempos nas instituições de ensino e propôs medidas para reduzir estes percentuais

A mesa de discussão contou com a presença de Paulo Carrano, professor da Faculdade de Educação da UFF; Diná de Carvalho, do Conselho Tutelar de Niterói; Dácio Lobo, professor de Sociologia da Educação da UFF; Adriana Facina, antropóloga e professora do Departamento de História da UFF.

Clique aqui e acesse o artigo apresentado pelo  Professor Paulo Carrano no UFF Debate Brasil

Melhores Práticas em políticas e programas de Juventude na América Latina e no Caribe

A convocatória “Melhores Práticas em políticas e programas de Juventude na América Latina e no Caribe” foi iniciada. As inscrições estão abertas até o dia 26 de maio. A iniciativa está sob a coordenação da Fundação SES   e é voltada para instituições do governo e organizações sociais que desenvolvem programas destinados a jovens com as seguintes temáticas: educação, saúde, emprego, sexualidade, prevenção de violência, luta contra a pobreza, voluntariado, participação juvenil entre outros

A intenção da convocatória é receber a apresentação de políticas e programas de juventude que estão em funcionamento e que podem dar conta  da aprendizagem de jovens, além de projetos que já foram implementados e tiveram sucesso.   A avaliação será feita por um comitê internacional especialista nas temáticas mencionadas. As práticas selecionadas serão apresentadas em um seminário internacional no México em setembro de 2009. Os projetos escolhidos serão contemplados com visibilidade internacional através de uma publicação que divulgará os trabalhos escolhidos.

Os interessados em participar devem se registrar e preencher o formulário de apresentação do seu projeto no seguinte site : http://youthpractices.ucol.mx/convocatoria.php

Para maiores informações: politicasdejuventud@fundses.org.ar


 

 

Portal reúne mídia jovem!

Vídeos, fotos e textos. Tudo o que for produzido por jovens agora tem endereço certo. O portal “Ensino Médio em Diálogo” está aceitando produções para serem divulgadas em seu site, que será inaugurado na segunda quinzena de abril. A idéia é fazer a interação entre o estudante do ensino médio, o professor e também pesquisadores

Neste portal queremos linkar blogs, fotologs e videologs de alunos, para mostrar o que a juventude está produzindo, suas principais preocupações e áreas de interesse. Queremos dar voz para falarem de si mesmos e suas experiências dentro e fora das escolas.

Se você é estudante do ensino médio e fez um blog, fotolog ou videolog ou produziu um vídeo, tirou uma foto ou escreveu um texto que gostaria de compartilhar com seus colegas e professores de todo o país mande para nós através do e-mail emdialogo@gmail.com . No site terão fóruns de discussão, notícias e documentos relacionados ao tema Ensino Médio, ainda tão pouco explorado.

Troque idéia com a gente!

Saiba mais sobre na matéria Observatórios da UFF e da UFMG e o Ensino Médio

As tendências sociais e educativas na América Latina em 2008

O estudo Tendencias Sociales y Educativas em América Latina 2008 desenvolvido
pelo SITEAL (Sistema de Informacion de Tendencias Educativas en la América
Latina) revelou que a educação secundária dos paises latinos, desde a sua origem, está
dirigida as classes médias e altas urbanas. O relatório ainda mostrou  que embora
as comunidades indígenas e os afrodescendentes estejam cada vez mais incluídos ao
ambiente escolar, há diferenças significativas do ingresso à escola entre os grupos sociais e as
classes urbanas

 

Publicado em dezembro de
2008 pelo SITEAL este foi o terceiro informe, fruto de uma parceria que começou em 2003 com  a Organização de Estados Iberoamericanos e a
UNESCO para avaliar o comportamento da comunidade educativa na América Latina.  Nesta publicação há uma retomada as análises anteriores sobre
a desigualdade social e o acesso ao conhecimento, mas a prioridade está no relacionamento do
jovem com o sistema educativo.

O documento completo já pode ser acessado na seção documentos do site do Observatório Jovem.

Revista Última Década Nº 29

Desde o ano de 2005 a Revista Última Década tem sido publicada na Biblioteca Cientifíca Eletrônica Scielo (www.scielo.cl) que administra no Chile a Comissão Nacional de Investigaçãop Científica e Tecnológica do Chile(CONICYT). Por tal razão, este voluime da Última Década está disponível de maneira integra em formato digital e no formato do Scielo

Livro:Desigualdades raciais, racismo e políticas públicas 120 anos após a abolição

O Ipea lançou no dia da Consciência Negra, o livro "Desigualdades raciais, racismo e políticas públicas 120 anos após a abolição". A publicação traz análises inéditas sobre a política de cotas brasileira e sobre os números dos censos e Pnads desde 1890 que confirmam que a população brasileira volta em 2007 a ser de maioria negra como fora no primeiro registro oficial confiável, de 1890

 

O livro apresenta um conjunto de estudos enfocando diversos aspectos da questão racial no Brasil.
 
Cap 1. Inicia com um enfoque histórico que analisa a formação do mercado de trabalho brasileiro à luz do passado escravista e da transição para o trabalho livre.

Cap 2. Sobre a discriminação racial e a ideologia do branqueamento que ganham força, sobretudo a partir da abolição.

Cap 3. Trata do tema racial tendo em vista as diferentes abordagens do estudo da questão da mobilidade social, proporcionando um rico quadro da trajetória dos estudos sobre o assunto.

Cap 4 e 5. Tratam dos dados mais recentes sobre as desigualdades raciais, extraídos da Pnad: um sobre os aspectos demográficos outro sobre os diferencias de renda.

Cap 6. Analisa as políticas públicas de combate à desigualdade racial no Brasil seus limites e abrangência.

Cap 7. São apresentadas algumas conclusões com base no que foi discutido nos capítulos anteriores.

Autores:

MÁRIO THEODORO (organizador)
A formação do mercado de trabalho e a questão racial no Brasil.

LUCIANA JACCOUD
O combate ao racismo e à desigualdade racial: o desafio das políticas públicas de promoção da igualdade racial.
 
RAFAEL OSÓRIO
Desigualdade racial e mobilidade social no Brasil: um balanço das teorias..
 
SERGEI SOARES
As desigualdades raciais no Brasil - a trajetória a partir dos dados da Pnad.

O livro Desigualdades raciais, racismo e políticas públicas 120 anos após a aboliçãoes está disponível na íntegra gratuitamente no site eletrônico do Ipea (http://www.ipea.gov.br/

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