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Rap à francesa

Como alternativa à anestesia da música bem-comportada, artistas e grupos como D’, La Rumeur e Keny Arkana propõem crítica social, resistência e resgate de direitos. Fincados nas periferias "problemáticas" e ligados à migração, eles não recuam nem diante dos boicotes, nem da censura

“Assuntos como a periferia não são uma questão de partido. Ao
contrário, é preciso haver uma união republicana, um Plano Marshall
para os bairros.” Não, este não é um discurso do presidente francês. As
palavras são de autoria de Abd Al Malik, um rapper de origem congolesa
para quem “é preciso livrar-se do saco de dores”, ou seja, dos rancores
acumulados ao longo de séculos de exploração. Inspirada na religião
sufi – a vertente “mística” do islamismo –, sua declaração encontrou um
eco favorável em diversos setores da mídia, tanto de direita como de
esquerda [1]. Afinal, era preciso tranqüilizar a população e os meios
de comunicação depois dos motins de novembro de 2005, nos subúrbios de
Paris.

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