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MT: Índice de garotas grávidas está além do recomendável

Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) o percentual aceitável é de 10% entre os nascidos vivos em uma região. No estado de Mato Grosso, esse número chega a 26%

A maioria dos municípios de Mato Grosso possui índice de gravidez na adolescência acima do considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – 10% entre os nascidos vivos em uma região. No estado esse número é de 26,03%, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Em 2005, Mato Grosso registrou 661 crianças que nasceram de mães com faixa etária entre 10 a 14 anos e 13.570 recém-nascidos com mães entre 15 a 19 anos. Muitas dessas adolescentes são pobres, segundo a técnica de Saúde do Adolescente da Secretaria, Maria José Pinheiro dos Santos. Para ela, a relação direta da gravidez precoce com a baixa renda ocorre porque essas meninas não possuem perspectiva de vida e acabam desistindo dos estudos, arrumam empregos e começam a namorar. Maria José não acredita que a falta de informações seja a causadora do problema, uma vez que o acesso a elas é grande. Há, inclusive, trabalhos em muitas escolas neste sentido. Por não utilizarem os métodos contraceptivos, além de uma gravidez indesejada, as adolescentes estão expostas a doenças sexualmente transmissíveis, como aids e sífilis. No Estado, 39 gestantes, entre adolescentes e jovens, eram soropositivas em 2005. "Se não houver um bom pré-natal, com um tratamento profilático, essas crianças poderão nascer com o vírus", alerta a técnica de saúde.

[A Gazeta (MT)  – 21/02/2008]