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Analfabetismo é maior entre pessoas com mais de 25 anos, diz Ipea

Análise divulgada nesta terça-feira (14) pelo Instituto de Pesquisa Economica Aplicada (Ipea) revela que 90% dos analfabetos brasileiros têm mais de 25 anos. Só a população com 40 anos ou mais registrou, em 2007, o índice de 17,2% de analfabetos

 

Já na análise da população com 15 anos ou mais, os dados mostram que a taxa de analfabetismo caiu de 17,2%, em 1992, para 10%, em 2007. Entre os brasileiros com mais de 40 anos, a queda foi de 29,2%, em 1992, para 17,2% em 2007.

Em relação às regiões brasileiras, o Nordeste ainda concentra a maior
taxa: 20%. Nas regiões Sul e Sudeste, este índice é de 5,4% e 5,8%, respectivamente. Já nas regiões Norte e Centro-Oeste, os índices são de 10,9% e 8,1%, nesta ordem. Na comparação com os dados de 1992, no entanto, a região Nordeste é a que apresenta a maior queda: 12,7 pontos percentuais. Já a menor queda ficou com a região Norte, com apenas 3,3 pontos percentuais de diferença em relação há 15 anos.

A pesquisa aponta ainda que os indicadores de analfabrtização da área rural são quase seis vezes maiores do que os da área urbana: 23,3% contra 4,4%.

De acordo com o diretor de Estudos Sociais do Ipea, Jorge Abrahão, o analfabetismo "é um evento heterogêneo e, apesar de estar no Brasil inteiro, em algumas situações está mais forte, como no Nordeste, na área rural,na população negra e também na população mais velha", sintetizou. "Já aquela pessoa que mora na região Sudeste, é branca, mora em área urbana e tem mais de 18 anos está em situação completamente diferente, em termos de portfólio educacional", finalizou.

Acesso à escola

De acordo com o Ipea, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2007 (PNAD 2007) mostram ainda que o período de estudo da população com mais de 15 anos chegou a 7,3 anos. O maior índice está na região Sudeste, com oito anos, e o menor, na região Nordeste, com seis anos de estudo.

O relatório aponta que, quanto mais velha a população, menor é a média de anos de estudo: enquanto a população com mais de 30 anos tem, em média, 6,5 anos de estudo, a população entre 18 e 24 anos registra 9,1 anos de estudo.