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De olho na mídia

De olho na mídia

Juventude de 24 movimentos procura enfrentar a fragmentação da esquerda

Transformação social e ações políticas marcam encontro entre campo e cidade realizado em Niterói com 1.200 jovens
 

 

Estavam todos ali. Uma grande roda no gramado. Ao centro, varas em tripé com uma bandeira hasteada. Punho esquerdo levantado, envolvido por uma faixa vermelha. Bandeiras vermelhas e sem estampa tremulavam erguidas. O coração batendo forte, pele arrepiada. Um abraço fraterno após cantarem A Internacional, de Eugène Pottier e Pierre Degeyter.

Com essa mística encerrou-se, na tarde do dia 15, o 1º Encontro Nacional da Juventude do Campo e da Cidade (ENJCC), que contou com um ato público no Centro do Rio de Janeiro (RJ). Esse encontro faz parte de um programa de formação da juventude da classe trabalhadora encabeçado pelo Coletivo Nacional da Juventude da Via Campesina. O curso vem ocorrendo, em nove Estados, desde 2006 tem como objetivo formar, mobilizar e organizar os jovens trabalhadores.

Entre os dias 11 e 15, o ENJCC reuniu na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ), mais de 1.200 jovens, de 20 Estados. Eles eram militantes de 24 movimentos sociais de trabalhadores, negros, desempregados, mulheres, sem-teto, estudantes e camponeses.

Esperança de mudança

O encontro propiciou que os jovens ali reunidos vivenciassem a fusão entre teoria, prática, cultura e intercâmbio para aprofundarem a reflexão sobre a situação da juventude. Nesse sentido, dois focos principais foram levantados: a diminuição das perspectivas dos jovens dentro da sociedade capitalista (ver texto “Capitalismo castiga jovens brasileiros”) e a organização dessa juventude para ações políticas conjuntas.

Neste segundo aspecto, de acordo com a coordenação do Coletivo Nacional da Juventude da Via Campesina, o ENJCC não foi um evento isolado nem somente um meio de reunir militantes. Ele é parte da construção do próprio Coletivo e, através do qual, se pensou na formação de uma agenda política que integre organicidade, formação política e luta de massa.

Segundo Antônio Neto, da coordenação do Coletivo, o ENJCC trabalho com quatro eixos: agitação e propaganda; formação; articulação; e simbologia e mística. “O caráter é de formação política, de estudo, de muita simbologia, muita mística, de luta e de dar unidade nacional às nossas ações”, disse.

Além disso, o encontro teve o objetivo de unificar o entendimento e a ação política da juventude e verificar que atividades estão sendo desenvolvidas com o mesmo intuito em todo país.

Durante os dias de encontro, percebeu-se grande diálogo entre os diversos movimentos dos diferentes Estados. Houve discussão nas delegações estaduais, nas macrorregiões (Nordeste, Amazônica, Centro Oeste, Sudeste e Sul) e em grupos mistos formados após algumas intervenções de assessores. Além disso, durantes os intervalos aconteceu grande intercâmbio.

Segundo Luciano Carvalho, do coletivo Dolores Boca Aberta, de São Paulo, “essa unificação permite romper barreiras que impedem ouvir o outro. Cria-se uma argamassa que nos une, nos torna mais fraternos e humanizados”.

União da luta

Dentre as inúmeras conquistas, a primeira foi a unidade da luta. De acordo com a coordenação do Coletivo, o sentido de se pensar o programa de formação da juventude da classe trabalhadora da Via Campesina, bem como o ENJCC, era que cada movimento assumisse como sua a bandeira do outro.

Além disso, questionar o próprio termo juventude, pois “é um termo sem nome, sem sexo, sem raça, sem classe”, nas palavras de Elisa Guaraná, professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Apontou-se que, para ocorrer uma ação efetiva, é preciso perceber a complexidade que envolve a questão da juventude no Brasil e na América Latina.

Segundo Tatiana Oliveira, da Escola Nacional Florestan Fernandes, “é necessário enxergar a juventude como classe para se pensar ações futuras. É preciso resgatar a política como espaço de ação coletiva para a emancipação humana”.

“Um grande passo que tem sido dado é a quebra da dicotomia entre campo e cidade”, destacou João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST. Ele acrescentou ainda que, “para se avançar nesse processo, é necessário reproduzir encontros cujo caráter seja a união campo-cidade, estudo e luta”.

AGU analisará mudanças na lei do piso do professor

Em meio à polêmica que envolve a lei do piso salarial do professor, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que levará à AGU (Advocacia Geral da União) as propostas de Estados e municípios que flexibilizam a interpretação de "atividade extraclasse".

Um dos parágrafos da lei do piso estabelece que o professor terá que dedicar no máximo dois terços de sua jornada de trabalho às "atividades de interação com os educandos", ou seja, à sala de aula. O restante da carga horária serviria para o docente estudar, preparar aulas e corrigir provas.

Uma das idéias que, segundo o ministro, foram levadas a ele por governos estaduais e prefeituras, é considerar como horário para atividade extraclasse os intervalos entre as aulas ministradas pelos professores. Intervalos de 12 minutos a cada hora de aula, por exemplo, seriam contabilizados como 20% de atividade extraclasse.

Outra proposta é que as exigências relativas à jornada de trabalho sejam válidas apenas para o professor que ganha o piso de R$ 950, o que exclui pelo menos 40% da categoria. "O argumento, que não é do MEC, é que a lei do piso deve reger o próprio piso e não a carreira", disse Haddad.

Ele não quis opinar sobre as propostas, papel que, segundo argumentou, cabe à AGU. Afirmou apenas que são questões "legítimas", que devem ser analisadas com profundidade. Haddad disse, porém, defender que o professor tenha tempo para se dedicar a tarefas fora da sala de aula. Disse que é "humanamente impossível" que o docente dedique toda a sua jornada de trabalho à tarefa de dar aulas e que a questão é fundamental para a melhoria dos índices de qualidade.

Questionado se não vê diferença entre a existência de um período do dia para a preparação de aulas e intervalos de minutos entre elas, ele respondeu que "evidentemente, é diferente", mas que teria de analisar o tema com profundidade.

Alguns secretários de Educação têm se oposto à lei do piso, afirmando que, embora defendam o mínimo de R$ 950, outros dispositivos da lei, como a questão da jornada de trabalho, trarão rombos orçamentários, com a necessidade de contratação de mais de 100 mil professores e um impacto de R$ 5,9 bilhões em dez Estados.

A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) repudiou as propostas que serão levadas à AGU. "Ou a lei vale para todo mundo ou se instaura uma grande confusão no país", afirmou Roberto Leão, presidente da entidade. "Como vai funcionar uma rede com alguns professores trabalhando com uma jornada e outros trabalhando com outra? Vamos ter que decidir se no intervalo de dez minutos vamos receber a mãe do aluno, corrigir os trabalhos ou beber água?", questionou.

LEIA MAIS:

MEC avaliará impacto de piso de professor

Lula sanciona Lei do Piso pra R$ 950 para professores

Com lei do estágio, instituto diz que empresa pode reduzir vagas

O projeto que regulamenta o estágio a partir dos 16 anos, aprovado ontem em definitivo pelo Congresso, pode resultar inicialmente na diminuição do número de vagas para os estudantes. Segundo o IEL (Instituto Euvaldo Lodi), ligado à CNI (Confederação Nacional da Indústria), a garantia de direito a férias para os estagiários irá onerar as empresas, que podem reagir fechando vagas

Apesar disso, o gerente nacional de estágio do instituto, Ricardo
Romeiro, disse que o projeto é um avanço porque irá substituir uma lei
antiga, de 1977, e que, com o passar do tempo, os empresários irão se
adaptar às novas regras.

"Com certeza, num primeiro momento devemos ter redução no número de
vagas para estudantes. [A medida] vai onerar, sim. Num primeiro momento
o impacto será negativo, mas é preciso uma mudança cultural sobre o que
é o estágio, e a lei ajuda nisso. Quando as empresas assimilarem essa
mudança cultural, pode haver recuperação, mas nada disso vai acontecer
a curto prazo", avaliou.

O texto, que seguiu para sanção de Lula, prevê férias remuneradas de 30
dias para estágio com duração igual ou superior a um ano, a serem
gozadas "preferencialmente durante as férias escolares". No caso de
estágio inferior a um ano, as férias são proporcionais. As empresas
também terão de contratar, em favor do estagiário, seguro contra
acidentes pessoais, cuja apólice seja compatível com valores de
mercado.

O estágio não-obrigatório passa a ser remunerado. Essa medida, no
entanto, não preocupa o IEL, uma vez que pesquisas indicam que o país
tem 700 mil estagiários e, segundo o instituto, são poucos os que não
recebem remuneração. Segundo Romeiro, o valor pago varia de R$ 300 a R$
2.000.

De autoria do senador Osmar Dias (PDT-PR), o projeto tramitou por cinco
anos no Congresso antes de ser aprovado pela Câmara, na quarta. Entre
as mudanças, estão regras que as empresas devem cumprir para não
caracterizar o vínculo empregatício do estagiário.

Leia mais:

Lei sobre o estágio aprovada na Câmara

Compare a lei antiga com a nova

Lula pede pressão estudantil para mudar lei do petróleo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou nesta terça-feira, durante evento promovido pela UNE (União Nacional dos Estudantes) no Rio, as entidades estudantis a iniciarem uma pressão pela mudança na lei do petróleo

 

Segundo Lula, o objetivo seria estabelecer um percentual oriundo da
exploração da camada pré-sal, onde têm sido encontradas grandes
reservas do óleo, para financiar a educação.
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado da presidente da UNE Lucia Stumpf
Lula pediu que a campanha pressione o Congresso a alterar a legislação
do setor e seja feita nos moldes da campanha O Petróleo é Nosso,
promovido à época do governo de Getúlio Vargas.

"Não podemos abrir mão desse petróleo que está a 6.000 metros de
profundidade. Ele é da União, é dos 190 milhões de brasileiros.
Precisamos usar este patrimônio para fazer reparação aos pobres do
país. A gente precisa usar [o petróleo] para resolver o problema da
educação e não deixar nas mãos de empresas que acham que o petróleo é
deles, que vão apenas comercializá-lo", afirmou Lula.

Ele lembrou que na semana passada foi anunciada a criação da comissão
interministerial que vai estudar as regras para a exploração das
reservas de petróleo da camada pré-sal, na Bacia de Santos.

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o grupo
avaliará como será a cobrança de impostos e até mesmo se é necessária a
criação de uma nova estatal para fiscalizar o pré-sal.

 

Lula assina pacto pela juventude

Lula assina Pacto pela JuventudeCerimônia marca envio de projeto de lei que propõe a reconstrução da sede da entidade pelo Estado brasileiro e a largada para a Caravana da Saúde
 

 

Na tarde desta terça-feira (12/8), o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva assinou o termo de adesão ao Pacto pela Juventude, que consiste em
uma iniciativa do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), visando ao
fortalecimento das políticas públicas de juventude em nível federal,
municipal e estadual. A idéia surgiu após a realização da 1a
Conferência Nacional de Juventude, realizada em Brasília, entre os dias
27 e 30 de abril. O ato ocorrerá durante evento da União Nacional dos
Estudantes (UNE), na Praia do Flamengo (RJ), quando o Presidente
assinará mensagem que encaminha ao Congresso Nacional um projeto de lei
propondo a reconstrução da sede da entidade, destruída pelo Estado
brasileiro em 1964.

A assinatura do Pacto acontecerá na data em que se comemora o Dia
Nacional da Juventude, instituído pela Lei nº 10.515, de 11 de julho de
2002. A iniciativa tem por objetivo comprometer governantes e gestores
públicos com um conjunto de parâmetros para implementação de políticas
públicas voltadas a este segmento.

De acordo com o presidente do Conjuve, Danilo Moreira, a Conferência
Nacional de Juventude mobilizou mais de 400 mil pessoas em todo o país,
a maioria jovens, e, ao final, aprovou 22 propostas prioritárias. O
desafio agora é apresentar estas demandas ao poder público e debater
sua implementação visando à garantia de mais direitos para a juventude

Com esse objetivo, o Conjuve elaborou uma agenda com várias atividades
que serão realizadas em todo o Brasil até o mês de dezembro, com a
participação de autoridades e vários segmentos da sociedade civil
organizada, principalmente aqueles ligados à juventude. O Conselho
pretende, ainda, levar a pauta definida pelos jovens aos candidatos às
eleições municipais, buscando o compromisso destes com o tema.

Entre as prioridades apontadas pela Conferência Nacional de Juventude
está a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 138/03, que
insere o termo "Jovem" na Constituição Federal, no capítulo dos
Direitos e Garantias Fundamentais, abrindo caminho para consolidar a
política nacional de juventude como uma política de Estado,
possibilitando a discussão de outros marcos legais, a exemplo do Plano
Nacional de Juventude (PL 4530/04) e do Estatuto da Juventude.

Caravana da Saúde -Durante o evento, será dada a largada para a
Caravana da Saúde, Educação e Cultura, um projeto desenvolvido em
parceria pela UNE e pelo Ministério da Saúde. O objetivo é promover uma
campanha em defesa da saúde pública, sempre com foco na realidade da
juventude brasileira e nas necessidades e problemas específicos de cada
estado. Baseado em dados do Ministério da Saúde, serão abordados os
seguintes temas: Violência no Transito, Direitos Sexuais e
Reprodutivos, Saúde e Sexualidade - Aids e DSTs, Drogas, Saúde e
Tolerância, entre outros.

A Caravana vai percorrer cerca de 32 mil km, visitando 41 universidades
públicas e particulares dos 26 estados, mais o Distrito Federal. O
ônibus da Caravana chegará nas instituições e sua equipe realizará um
dia de mobilização com eventos, debates e campanhas, como a doação de
sangue, além de atividades culturais.

Partindo do Rio de Janeiro, o grupo segue viagem para o Espírito Santo,
Minas Gerais e São Paulo, respectivamente. Em setembro é a vez dos
estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do
Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima e Amapá receberem a
Caravana.

Em outubro, universidades do Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande
do Norte, Paraíba e Pernambuco participarão dos debates. No último mês
da Caravana serão visitados os estados de Alagoas, Sergipe, Bahia,
Tocantins e Goiás.

O encerramento acontece no dia 27 de novembro, na Universidade de
Brasília (UnB), no Distrito Federal. A partir desta viagem, a Caravana
pretende elaborar propostas para políticas públicas que atuem de
maneira mais eficiente nessas áreas.

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Seminário Internacional

Apenas 25 cursos do nível superior alcançam nota máxima no Enade


Apenas 25 cursos do nível superior alcançam nota máxima no Enade
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Colaboração para a Folha Online

Apenas 25 dos 3.239 cursos superiores avaliados no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) em 2007 alcançaram nota máxima no exame

Os resultados foram apresentados nesta quarta-feira pelo MEC
(Ministério da Educação), em Brasília. O Estado que apresentou maior
número de cursos com notas máximas nos três conceitos avaliados pelo
MEC foi Minas Gerais (oito, todos de instituições federais), seguido
pelo Paraná (com sete cursos, seis de estaduais e um de federal).

O Rio
Grande do Sul teve três cursos de faculdades federais com nível de
excelência. São Paulo teve somente dois cursos com notas máximas. Duas
das mais conceituadas universidades do Estado, a USP (Universidade de
São Paulo) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) não foram
avaliadas, pois seus alunos decidiram boicotar o exame.

 Apesar de a
maioria dos cursos avaliados serem de faculdade privadas (1.745 dos
3.239 cursos), nenhuma das instituições pagas alcançou nota máxima na
prova.

Os cursos avaliados no Enade em 2007 foram agronomia,
biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia,
fonoaudiologia, medicina, veterinária, nutrição, odontologia, serviço
social, tecnologia em radiologia, tecnologia em agroindústria, terapia
ocupacional e zootecnia.

Veja abaixo a lista dos 25 cursos que
alcançaram nota máxima:

Curso Universidade Agronomia UEPG (Universidade
Estadual de Ponta Grossa)

Educação Física UFV (Universidade Federal de
Viçosa)

Enfermagem Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio
Preto)

Enfermagem UEL (Universidade Estadual de Londrina)

Enfermagem
Unifal-MG (Universidade Federal de Alfenas)

Enfermagem UFTM
(Universidade Federal do Triângulo Mineiro)

Farmácia UEL (Universidade
Estadual de Londrina)

Farmácia UEPG (Universidade Estadual de Ponta
Grossa)

Farmácia Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)

Farmácia Unifal-MG (Universidade Federal de Alfenas)

Fisioterapia UFRJ
(Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Medicina FFFCMPA (Faculdade
Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre)

Medicina UFMT
(Universidade Federal de Mato Grosso)

Medicina UFRGS (Universidade
Federal do Rio Grande do Sul)

Medicina Veterinária Ufla (Universidade
Federal de Lavras)

Medicina Veterinária UFRGS (Universidade Federal do
Rio Grande do Sul)

Nutrição UFV (Universidade Federal de Viçosa)

Nutrição Unifal-MG (Universidade Federal de Alfenas)

Nutrição UFG
(Universidade Federal de Goiás)

Odontologia UEPG (Universidade Estadual
de Ponta Grossa)

Odontologia Unesp (Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho)

Odontologia UFRN (Universidade Federal do Rio
Grande do Norte)

Serviço Social UFMT (Universidade Federal de Mato
Grosso)

Terapia Ocupacional UFPR (Universidade Federal do Paraná)

Zootecnia UFV (Universidade Federal de Viçosa)

Bolsistas do ProUni podem se inscrever no Programa de Financiamento Estudantil

Até o próximo dia 3 de setembro, bolsistas parciais (50%) e complementares
(25%) do ProUni (Programa Universidade para Todos) podem se inscrever no Fies
(Programa de Financiamento Estudantil). Para obter o financiamento, basta que o
bolsista esteja matriculado em uma universidade que mantém convênio com o Fies,
em curso de graduação com boa avaliação no Exame Nacional de Desempenho de
Estudantes

O financiamento pode atingir até 100% da mensalidade que não é coberta pela
bolsa de estudo. As inscrições serão feitas pela página eletrônica da Caixa
Econômica Federal.

 De acordo com o Ministério da Educação, todos os bolsistas parciais do ProUni
com bolsa ativa podem obter o financiamento do Fies, inclusive os que receberam
bolsa no segundo semestre de 2008.
 
O Fies beneficia estudantes sem condições de arcar integralmente com os
custos de sua formação. Os bolsistas que não possuírem um fiador poderão
utilizar a fiança solidária, reunindo-se em grupos de três a cinco estudantes,
que serão fiadores entre si, sem necessidade de comprovação de renda.
 
Além de estudantes vinculados ao ProUni, o financiamento também atende alunos
que têm bolsas complementares e que estão matriculados em cursos com conceito 5
ou 4 no Enade, e aqueles matriculados em cursos considerados prioritários: as
licenciaturas de química, física, matemática e biologia, as engenharias,
medicina e geologia e os cursos superiores de tecnologia do Catálogo Nacional de
Cursos. Para esse estudantes, o prazo para inscrição ainda será definido pelo
ministério.

Maioria dos jovens que cumpre medidas socioeducativas não freqüenta aula


A prática de atos infracionais está relacionada com o comportamento que os adolescentes têm em relação à escola. Levantamento inédito feito pelo Ministério Público do Distrito Federal mostra que mais da metade dos jovens infratores não está matriculada na rede de ensino ou não freqüenta as salas de aula regularmente. A pesquisa foi feita a partir de questionários respondidos pelos 725 adolescentes que cometeram delitos entre 1º de novembro do ano passado e 29 de fevereiro último

 

“A maior parte dos infratores fugiu da escola. A falta de perspectivas,
de projetos de vida acaba encaminhando o jovem para a prática do ato
infracional”, aponta o promotor Renato Barão Varalda, da Promotoria de
Defesa da Infância e da Juventude do DF. De acordo com a pesquisa,
56,55% dos jovens condenados ao cumprimento de medidas socioeducativas
no período não iam às aulas, contra 43,17% que estavam matriculados e
eram assíduos.

O grupo dos que não estudavam foi responsável pela maioria dos atos
infracionais graves, como furto, roubo, tráfico de drogas e porte
ilegal de arma de fogo. Já os infratores que iam às aulas se envolveram
em crimes como ameaça, injúria, lesão corporal e pichação. “A violência
dos que estão fora da escola é maior, o que só reforça a importância da
instituição na prevenção dos delitos”, comenta o promotor Varalda.
Mas os números também chamam atenção para os comportamentos
delinqüentes dos que estão no ambiente escolar. “Não quer dizer que os
jovens que estudam estão a salvo da violência. Muitas vezes é lá que o
comportamento deles começa a manifestar traços assim”, afirma o
promotor Varalda. Na opinião dele, para evitar a violência, a escola
precisa ser mais atraente e pacificadora. E a família, os diretores,
professores e funcionários devem se envolver mais no acompanhamento dos
estudantes.“O Estatuto da Criança e do Adolescente inclusive prevê
ações de responsabilização para pais e diretores que não zelam pelo
direito à educação dos estudantes.”

Para a especialista em educação Miriam Abramovay, a diferença de
gravidade entre os atos infracionais cometidos pelos que estudam e os
que não estudam demonstra que as relações sociais também são
determinantes. “As relações firmadas no contexto escolar conseguem, de
alguma maneira, abrandar a violência. Ou seja, o relacionamento com
colegas e professores mantém o jovem socialmente integrado”, afirma
Miriam, consultora da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana
(Ritla).

Mas o outro lado da história aparece quando essas mesmas relações são
tão ruins e tensas que levam o adolescente a abandonar os estudos. “A
escola é um espaço cheio de contradições. Problemas de relacionamento
também podem empurrar o jovem para fora dela e é neste momento que as
coisas pioram”, destaca Miriam.

Com índices de abandono escolar que chegam a 7,5% no ensino
fundamental, o consenso entre os especialistas é que a escola precisa
se aproximar mais dos jovens. “Há uma dificuldade entre a cultura das
escolas e a cultura juvenil. A escola precisa voltar a ser um lugar
agradável, de alegria”, afirma Miriam. Segundo ela, a massificação do
ensino trouxe para as instituições educacionais uma cultura de rua que
ainda não foi incorporada pelos professores. “Há dificuldades até de
linguagem entre os dois grupos”, diz a especialista.


Xadrez e português

No Centro de Ensino Fundamental nº 1, de Brazlândia, os professores
estão empenhados em ultrapassar essas barreiras. Até 2005, o CEF 1 era
apelidado de “Cajezinho”, por conta do cotidiano violento. “Aqui, a má
fama era tanta que até sobrava vaga”, conta a diretora Alessandra Alves
de Matos, 34 anos, que assumiu o comando da escola em 2004. Alessandra
rapidamente percebeu que tinha de conquistar o grupo de estudantes que
causava mais problema, que eram justamente os que estavam mais
atrasados na escola. “Eram eles que iniciavam a bagunça, que
influenciavam os outros”, relata.

Para tanto, a diretora do CEF1 criou o projeto Resgate, com ações
específicas para os atrasados. “Ao dar atenção especial a eles,
conseguimos recuperar a defasagem e aumentar a auto-estima dos alunos”,
conta. Além de compromissos firmados com os estudantes e também com os
pais deles, Alessandra incluiu atividades diferentes do convencional,
como palestras, visitas a pontos turísticos de Brasília e idas ao
cinema. Mas, para ela, o grande diferencial foi criar as regras da
escola junto com os professores, os pais e os alunos. “Trabalhamos a
disciplina, convencemos sobre a importância das regras.”

Depois do momento crítico, a escola de Brazlândia também passou a
desenvolver projetos para facilitar o aprendizado dos alunos. O
objetivo é, desde cedo, evitar dificuldades que acabem por
desmotivá-los. Os adolescentes da 5ª série, por exemplo, participam de
aulas de reforço de português uma vez por semana. Também têm aulas de
xadrez no horário contrário ao das aulas. “Procuramos aproveitar os
interesses deles para repassar conteúdos programáticos”, explica a
diretora Alessandra. “Nem tudo está às mil maravilhas. Ainda temos
dificuldades. Mas já melhoramos bastante”, garante.
 

Combate a Aids entre jovens da América Latina é insuficiente, diz especialista

A América Latina foi incapaz de combater devidamente o vírus causador da Aids entre os jovens, por causa da falta de informação que as autoridades dos países da região têm sobre a cultura sexual deste segmento populacional, disse hoje a chilena Raquel Child especialista na prevenção da doença

"Acho que não temos informação suficiente sobre a epidemia entre a população jovem", disse Raquel do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

Segundo a especialista, há dois problemas essenciais em relação ao tema: a falta de conhecimento sobre hábitos e condutas juvenis e a falta de programas e de serviços de atendimento específicos para eles.

"Se queremos formular e implementar políticas, temos que saber o que vamos fazer, onde e por quem", defendeu Raquel

Como exemplo, a especialista citou uma área pouco conhecida e amplamente usada pelos jovens de hoje nos contatos e relações sexuais: a internet.

"Em segundo lugar, achamos que os jovens são vistos como um mundo homogêneo, e não o são", acrescentou Raquel

De acordo com a especialista, "o mundo adulto ainda não foi capaz de reconhecer as culturas sexuais juvenis", muito diferentes das suas.

Por essas circunstâncias, os países latino-americanos estão falhando na construção de "respostas para que (os jovens) tenham comportamentos preventivos", ressaltou.

Raquel lamentou que o acesso especializado a serviços de saúde para este segmento da população seja muito limitado, o que, segundo disse, deixa a juventude em situação de "desamparo" em relação aos adultos.

Raquel Child participará, com mais de 20 mil especialistas, da 17ª Conferência Internacional sobre Aids, que vai acontecer de 3 a 8 de agosto na capital mexicana, a primeira localidade latino-americana a sediar o evento.

Projetos de pós-graduação em educação terão investimento de R$ 5,5 milhões

Um total de R$ 5,5 milhões serão investidos anualmente, durante quatro anos, em projetos de pesquisa em educação vinculados a cursos e programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado). O Observatório da Educação, parceria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) lançou seu segundo edital nesta quinta-feira, 24, pelo qual convoca pesquisadores e acadêmicos a apresentarem suas propostas. O edital conta também com o apoio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secad)

O foco do edital são as questões relacionadas à docência e à formação dos profissionais da educação básica. Serão financiados até 20 projetos. Os participantes devem ser de núcleos locais – compostos por, pelo menos, um programa de pós-graduação stricto sensu de uma instituição de ensino superior, um docente orientador, um estudante de doutorado e dois de mestrado (para programas que oferecem os cursos de mestrado e doutorado) ou três de mestrado (para programas só de mestrado) e até seis estudantes de graduação – ou de núcleos em rede, compostos por pelo menos três programas de pós-graduação stricto sensu de instituições distintas, sendo uma delas a instituição sede; três docente orientadores, nove estudantes de doutorado ou pós-doutorado ou mestrado e até 18 estudantes de graduação.

Os interessados têm prazo até as 23h59 do dia 8 de setembro, impreterivelmente, para enviar suas propostas exclusivamente para o endereço eletrônico do Observatório:

observatorio@capes.gov.br

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. Elas devem ser encaminhadas pelo coordenador do núcleo local ou pelo coordenador do núcleo em rede e pelo pró-reitor de pesquisa ou de pós-graduação da instituição sede. 

Os projetos deverão se enquadrar nos seguintes eixos temáticos: educação básica, educação superior, educação profissional e tecnológica, educação continuada, educação de jovens e adultos, educação especial, educação no campo, educação quilombola, educação integral ou educação a distância.

O Observatório da Educação é uma iniciativa para promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas educacionais, com a finalidade de estimular a produção acadêmica. O edital visa também à disseminação das informações dos bancos de dados do Inep. Foi criado em junho de 2006, quando foi lançado o primeiro edital, que selecionou 28 propostas cujas pesquisas estão em andamento.

Assessoria de Imprensa do Inep

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